DURANTE -
Cair como sopa no mel
Uff... andei
meio desaparecida! Confesso que isso de escrever diariamente um blog é um
desafio muito maior para mim que o próprio jejum. Sei que não é desculpa e nem
vou “chorar as pitangas”, mas essa
semaninha foi especialmente intensa para mim: entrevistas de trabalho, resposta
positiva de emprego novo, outras decisões pessoais não tão fáceis, mas muito
importantes.... enfim, aí já não sei se foi reflexo do jejum ou da sequência de
acontecimentos externos – só sei que como
questões que há meses estavam estagnadas deram uma viravolta, os meus
pensamentos alcançaram uma maior clareza em muitos aspectos confusos
anteriormente.
Enfim.... como
não “coloquei a mão na massa” em
reportagens diárias, minha experiência se resumirá a um ANTES – DURANTE e – DEPOIS.
Por sorte nenhuma
entrevista de trabalho foi no dia da faxina intestinal J. De fato nesses dias eu estava bem “zen”
tentando “vender meu peixe”. Talvez
foi um zen parecido ao que a Carol sentiu no 5° dia do jejum. Mais difícil foi
no dia da resposta positiva não poder ter aberto o champanhe que esta há semanas
na geladeira esperando uma ocasião especial a ser celebrada. Acho que só com um
golinho estaria nos céus, mas não: a final celebrei com um delicioso caldo de
legumes. Nesse dia refleti como nunca na relação entre comida e celebrações (o
que seria um aniversário sem um brigadeiro ou bolinho?; um 24 de Dezembro sem uma
ceia natalina?; ..).
Respondendo
ao comentário da Natasha: SIM amiga – o Dário continuou comendo normalmente e
cozinhando verdadeiras delícias na cozinha nos primeiros dias. Nos últimos ele
já preferia comer fora, mas foi decisão dele. Eu ficava numa boa com o caldinho
de legumes. Imaginei que seria muito mais difícil. Mas é claro que a “carne é fraca” e nem todos os momentos durante o jejum foram
tranquilos e fáceis. Os piores dias foram o 2° dia de preparação acompanhado de uma forte
dor de cabeça que felizmente não voltou a se repetir e o 3° dia de jejum,
quando meu pensamento preferiu ficar preso na contagem regressiva imaginando
tudo o que eu poderia voltar a comer depois dessa experiência. Nos outros dias senti
uma clara distinção da diferença, tão bem explicada pela Carol, entre fome e
apetite e até sai normalmente com amigos tomando apenas agua ou chazinho.
Ver e
sentir a reação das pessoas ao escutarem que estava fazendo jejum foi uma
experiência muito mais divertida. Numa festinha de aniversário de um amigo,
recusei comer o bolo e comentei o motivo para uma menina que havia conhecido naquele
momento – acho que nunca ninguém me olhou com aquele olhar de “que freaky” e “cara de quem comeu e não gostou”, só
faltava me perguntar se fazia de parte de alguma tribo que experimenta viver somente
de água e luz.
Fazer
exercício foi outra experiência diferente. No quarto dia de jejum precisei
aclarar meus pensamentos e dei um longo passeio pelos parques em Genebra. Tenho
que sinalizar que ultimamente não ando fazendo nenhum tipo de atividade física
constante, portanto essa caminhada de 2-3 horas fez-se perceber nas minhas
pernas e nádegas. O esforço foi maior
que o usual e senti que se não tomasse líquido poderia ter sido um abuso para o
meu corpo. Mas parece que a gente fica mais atento ao que o corpo pede! E haver
liberado endorfinas ao redor daquela natureza maravilhosa com vista ao Lac
Leman ajudou a por os pensamentos no lugar e não "Trocar alhos por bugalhos".
Enfim...
vou parar de “encher linguiça” por hoje... em breve relato o DEPOIS do jejum
que para mim parece ser algo mais complicado que o DURANTE.
O que eu adoro nos posts desse blog sobre jejum é que todos tem muitas referências a comida :) Um jeito de saciar a vontade, talvez?
ReplyDeletebeijos