Tuesday, October 30, 2012


Para os curisosos: o dia-a-dia e as transformações



DIA 01 (quinta-feira)
DIA 02 (sexta-feira)
Peso:
58.8kg
58.3kg
Humor/disposição
bom
Super bom
Atividade física:
nenhuma
nenhuma
Alimentos:
3 bananas, 2 maçãs, meia beringela assada recheada com tomate e sal, salada com diversas folhas e tomate, 3 batata cozida com sal, 1 copo de suco de laranja, vários chás e muita água
suco de laranja, 1 maçã, 1 banana, batata com salada, ervilhas cozidas, meia alcachofra, chás e água
Nível de fome:
Suportável, definitivamente mais difícil durante a tarde e mais tranquilo à noite.
Menor que ontem, bem mais suportável




DIA 03 (sábado)
DIA 04 (domingo
Peso:
56.9 kg
56.8 kg
Humor/disposição
Bom, com um pouco de irritação à tarde
Bom, boa disposição
Atividade física:
30 minutos de bicicleta, 20 minutos de caminhada
Cerca de uma hora de bicicleta e pequena caminhada
Alimentos:
Chás, suco maçã diluído em água e caldo de legumes
chá, suco de banana, água, caldo de legumes
Nível de fome:
fraco
Fraco, maior à noite


DIA 05
(segunda-feira)
DIA 06 (terça-feira)
Peso:
56.7 kg
56.3 kg
Humor/disposição
Médio (picos muito bons e outros um pouco mais impaciente)
Muito bom
Atividade física:
25 minutos de bicicleta
30 minutos de caminhada e 10 minutos de corrida
Alimentos:
sopa de tomate (2x) água. Chá e sucos (maçã)
Sopa de tomate, suco de banana diluído em água, chá e água
Nível de fome:
Médio, maior à noite (já comecei a pensar que quarta é o último dia)
Médio, maus aumentou em relação a ontem (já comecei a contagem regressiva)



DIA 07
(quarta-feira)
DIA 08 (quinta-feira)
Peso:
55.6 kg
55.5 kg
Humor/disposição
ok
bom
Atividade física:
Muita – cerca de 45 min de bicicleta
Quase nenhuma
Alimentos:
Chá (sem sopa)
Maçã, sopa de batata, yogurte com quark
Nível de fome:
Quase zero
ok



Dia 07 - Vale quanto pesa! Acabou!
Bolo prestígio. I am back!

Antes de mais nada, queria me desculpar pela ausência. Logo depois de encerrar o jejum estive uma semana fazendo um treinamento de trabalho e com acesso restrito à internet e portanto foi impossível atualizar o blog. Mas cá estamos para encerrar essa experiência (aliás para aqueles que me enviaram email preocupados achando que eu estava em jejum até hoje, não se preocupem, o jejum durou apenas sete dias!)

O famigerado dia finalmente chegou: o sétimo dia, dia de finalmente quebrar o jejum, o que se faz com a simbólica maçã, que em tantas histórias foi o convite a um espécie de maldição (vide Eva e Branca de Neve que devem estar arrpendidas até hoje), para mi foi a redenção!

Segui o conselho do Torsten: “Corte a maçã em pedacinhos, Carol. Saia da frente do computador e se concentre por uns 10 minutos em comer a maçã.” Estava parecendo criança em véspera de Natal, sentada em frente à minha maçã. Peguei o primeiro pedaço e curti muito a sensação de mastigar. Mastigar algo sólido, senti-lo entre os dentes, transformar o alimento na sua boca numa massa. Pode soar meio estranho, mas isso foi bem prazeroso. O gosto da maçã estava saboroso, mas não foi nada orgasmático como me falaram que seria.

Na hora do almoço fiz uma sopinha de batatas, que estava bem gostosa (quero distância de sopa de tomate e caldo de legumes por algum tempo). O resto do dia correu bem e à noite recebemos a visita dos pais do Torsten que estavam em Berlin (e era a primeira vez que os convidávamos para jantar em nossa casa). Senti um prazer enorme em voltar a cozinhar aquilo que gosto. Preparei com muita vontade e carinho um caneloni invertido (Carol Almiron, obrigada por ter ensinado esse prato que todo mundo adora!): basta colocar fatias retangulares de presunto, depois de queijo e em seguida colocar o macarrão cabelo de anjo já cozido formando uma linha grosa no meio desse retângulo e então enrolá-lo como se fosse um caneloni. Prepare um bom molho de tomate e coloque numa travessa regando com o molho e polvilhando com parmesão ralado – leve ao forno por cerca de 15 ou 20 minutos (o queijo e a gordurinha do presunto derretem e se misturam com o macarrão).

Eles adoraram e confesso que aí meu apetite abriu legal, mas fiquei firme no cereal com iogurte. No dia seguinte ainda mantive uma alimentação leve e finalmente no terceiro dia, depois do jejum voltei a comer de tudo. Segui para meu treinamento na Espanha, onde a comida era simplesmente divina e provavelmente eu era a pessoa que mais apreciava cada refeição.

Mas vamos lá. Quais foram as lições e aprendizados desse jejum:

  • quantidade de comida: definitivamente diminuí a quantidade tanto ao preparar comida quanto ao me alimentar. Hoje está muito mais fácil de notar o que é gula e o que o meu corpo realmente necessita.
  • Apetite e fome: como escrevi anteriormente no blog, essa é uma distinção que ficou muito clara para mim depois do jejum e hoje identifico facilmente quando estou com apetite e tento focar em liquidos para tirar o foco da “vontade de comer” (com um chá, suco de laranja ou capuccino)
  • comprei uma nova frigideira com bom teflon: percebi que muitos alimentos não precisam ser fritos no óleo quando se tem uma boa frigideira, o que é muito mais saudável e muitas vezes tão gostoso quanto!
  • Comecei a ler o rótulo dos alimentos. Sei lá, virou tique enquanto estava de jejum e agora me pego com mais frequencia checando os ingredientes dos produtos industrializados (tudo bem que em alemão eu acabo ignorando metade do rótulo, mas a vontade saber o que estou ingerindo está lá).
  • Quero começar minha própria hortinha em casa com algumas coisainha básicas como cebolinha, menta, basílico e manjericão.
  • Aprendi a beber mais líquidos.
  • Ok, preciso confessar: eu amei ver minha barriguinha sarada de novo. Sempre fui magra, mas desde 2009 deixei de ser super magra e achava que minha barriguinha tábua já não existia mais por conta das trasnformações do corpo com a idade. Mas foi tão delicioso vê-la lá de novo, depois de tanto tempo, igualzinha!
  • Auto-confiança: com força de vontade e equilibrio mental consegui encarar o desafio numa boa, isso me lembrou de que sou capaz de alcançar metas que estabeleço e ir até o fim, foi legal!
  • Me apaixonei ainda mais pela cozinha e na semana que vem irei começar meu primeiro curso de culinária. Mal posso esperar! Será que começo um novo blog?

Se faria de novo? Hmm...não sei. Talvez quando toda essa consciência adquirida nessa experiência começar a minguar eu passe a considerar fazer de novo (mas não mais do que uma vez por ano!). E para aqueles curiosos: perdi 3,5 kg nesses 7 dias e depois de 10 dias ganhei 1,5kg, e agora pretendo manter esse peso com uma alimentação saudável e voltar a curtir minhas calças 38!

Sunday, October 21, 2012


DURANTE - 

Cair como sopa no mel

Uff... andei meio desaparecida! Confesso que isso de escrever diariamente um blog é um desafio muito maior para mim que o próprio jejum. Sei que não é desculpa e nem vou “chorar as pitangas”, mas essa semaninha foi especialmente intensa para mim: entrevistas de trabalho, resposta positiva de emprego novo, outras decisões pessoais não tão fáceis, mas muito importantes.... enfim, aí já não sei se foi reflexo do jejum ou da sequência de acontecimentos externos  – só sei que como questões que há meses estavam estagnadas deram uma viravolta, os meus pensamentos alcançaram uma maior clareza em muitos aspectos confusos anteriormente.

Enfim.... como não “coloquei a mão na massa” em reportagens diárias, minha experiência se resumirá a um ANTES – DURANTE e – DEPOIS.  

Por sorte nenhuma entrevista de trabalho foi no dia da faxina intestinal J. De fato nesses dias eu estava bem “zen” tentando “vender meu peixe”. Talvez foi um zen parecido ao que a Carol sentiu no 5° dia do jejum. Mais difícil foi no dia da resposta positiva não poder ter aberto o champanhe que esta há semanas na geladeira esperando uma ocasião especial a ser celebrada. Acho que só com um golinho estaria nos céus, mas não: a final celebrei com um delicioso caldo de legumes. Nesse dia refleti como nunca na relação entre comida e celebrações (o que seria um aniversário sem um brigadeiro ou bolinho?; um 24 de Dezembro sem uma ceia natalina?; ..).   

Respondendo ao comentário da Natasha: SIM amiga – o Dário continuou comendo normalmente e cozinhando verdadeiras delícias na cozinha nos primeiros dias. Nos últimos ele já preferia comer fora, mas foi decisão dele. Eu ficava numa boa com o caldinho de legumes. Imaginei que seria muito mais difícil.  Mas é claro que a “carne é fraca” e nem todos os momentos durante o jejum foram tranquilos e fáceis. Os piores dias foram o  2° dia de preparação acompanhado de uma forte dor de cabeça que felizmente não voltou a se repetir e o 3° dia de jejum, quando meu pensamento preferiu ficar preso na contagem regressiva imaginando tudo o que eu poderia voltar a comer depois dessa experiência. Nos outros dias senti uma clara distinção da diferença, tão bem explicada pela Carol, entre fome e apetite e até sai normalmente com amigos tomando apenas agua ou chazinho.

Ver e sentir a reação das pessoas ao escutarem que estava fazendo jejum foi uma experiência muito mais divertida. Numa festinha de aniversário de um amigo, recusei comer o bolo e comentei o motivo para uma menina que havia conhecido naquele momento – acho que nunca ninguém me olhou com aquele olhar de “que freaky” e “cara de quem comeu e não gostou”, só faltava me perguntar se fazia de parte de alguma tribo que experimenta viver somente de água e luz.  

Fazer exercício foi outra experiência diferente. No quarto dia de jejum precisei aclarar meus pensamentos e dei um longo passeio pelos parques em Genebra. Tenho que sinalizar que ultimamente não ando fazendo nenhum tipo de atividade física constante, portanto essa caminhada de 2-3 horas fez-se perceber nas minhas pernas e nádegas.  O esforço foi maior que o usual e senti que se não tomasse líquido poderia ter sido um abuso para o meu corpo. Mas parece que a gente fica mais atento ao que o corpo pede! E haver liberado endorfinas ao redor daquela natureza maravilhosa com vista ao Lac Leman ajudou a por os pensamentos no lugar e não "Trocar alhos por bugalhos".

Enfim... vou parar de “encher linguiça” por hoje... em breve relato o DEPOIS do jejum que para mim parece ser algo mais complicado que o DURANTE.

Saturday, October 20, 2012



Dia 06 - Sem água na boca

Se antes eu argumentei aqui neste blog que uma pessoa pode continuar suas atividades normais, mesmo jejuando, hoje argumento que ela pode inclusive ter um dia super cheio, recheado com alguns picos de adrenalina.

Hoje foi um desses dias malucos e o mais curioso é que foi um dos dias que eu menos tive fome ou pensei em comida. Comecei a manhã com um chá e muito trabalho. Por voltas do meio dia pedalei até o centro da cidade, onde encontrei um colega do trabalho para fazer a entrega de uma petição no Parlamento alemão. Um pouquinho de nervosismo e ansiedade, mas no final tudo correu bem. O políticos no recebeu, a mídia cobriu o evento. Meu colega reclamando da fome e eu tomando água. Depois da entrega seguimos para um Starbucks e trabalhmos de lá. Foi o suprassumo do dia: um chai latte. Hmmm que delícia!

Depois das seis da tarde segui para o curso de alemão, fiz prova e depois segui para casa. O nível de fome era quase zero. Não sei se tm a ver com o fato de ter estado ocupada o dia todo com outras coisas, mas nem pensaento em comida rolou.

Curioso, que depois desses seis dias de jejum (quatro deles só com líquidos), tenho a sensação de que isso está sendo bem mais fácil do que imaginei. Felizmente eu nunca precisei fazer regime, pois meu metabolismo sempre jgou a meu favor. Tive apenas uma experiência com dieta há cerca de dois anos. Foi logo depois de operar o joelho, quando tive que ficar de molho em casa por um mês. Foi nesse mesmo período que meu interesse por aprender a cozinhar começou e que uma querida amiga italiana vinha me visitar uma vez por semana e me ensinava como preparar alguns pratos típicos.

A combinação não podia ter sido pior: cozinhando, comendo e sem poder me movimentar. Naturalmente ganhei alguns quilos extras que nunca tinha tido antes e como ainda demoraria alguns meses até eu poder praticar exercícios resolvi fazer a tal da dieta da proteína. Não durou três dias. Três dias em que tudo que eu fazia era pensar nas coisas que não podia comer. Detestei a experiência. Faria exercícios na hora que pudesse e duarnte aqules dois meses seguintes aprenderia a conviver com uns uilinhos a mais, mas pelo menos tendo o prazer de comer (com moderação obviamente).

E agora, com essa experiência, confesso, honestamente, que para mim foi mais fácil parar de comer do que poder comer apenas determinados alimentos.  

Wednesday, October 17, 2012


Dia 05 - Falando abobrinhas

    - Torsten você tá com fome?
    - Não, mas estou com apetite
Essa foi uma das respostas que ouvi contantemente do Torsten durante esses anos que estamos juntos. “Mais que catzo! Por que o homem responde que está com apetite?”, eu me perguntava. Hoje comecei a entender um pouco melhor o porquê da resposta dele.

Ovomaltine: geralmente é apetite (ai!)
Bom, antes de seguir adiante, acho que vale a pena fazer um pequeno esclarecimento sobre a diferença entre fome e apetite. Fome é o que você sente quando seu organismo já gastou tudo o que tinha para gastar e começa então a tirar das reservas. O estômago dói. Além disso, a fome não escolhe o que vai comer, não se importa se a comida está quente, fria, se é doce ou salgada, se é chocolate ou fruta. Ah, e fome não dá em intervalo de novela. Ou seja, é a necessidade física do alimento.

Já o apetite é muito mais uma necessidade psicológica, mais ou menos como um certo prazer que você obtém ao comer um alimento (seja ele chocolate, queijo, ou qualquer que seja o seu objeto de desejo). Ao contrário da fome, o apetite sabe exatemnte o que quer comer. Quem já não se pegou indo até a geladeira e inspecionando o que havia dentro dela para “ver” se havia algo que lhe interessasse? Pois é, isso é apetite, não é fome. Se fosse fome você pegaria qualquer coisa que estivesse lá. Quando se tem apetite, você sabe se quer comer doce ou salgado e nem um, nem o outro, vai lhe servir dependendo daquilo que deseja.

Café da manhã reforçado: fome
E eu comecei a sacar isso nesses últimos dias, especialmente hoje. Percebi que muito dos meus hábitos alimentares estão bastante associados com o apetite e não com a fome. Notei isso forte ao me sentar para assistir um filme com o Torsten. Automaticamente já deu aquela vontade de beliscar alguma coisa. No fundo, não estava com fome, mas é algo que sempre fazemos e que me fez parar para pensar. O mesmo me acontece quando estou um pouco entediada “ah, vou comer alguma coisinha!”, ou então num longo passeio de bicicleta, em que sempre paramos para fazer um lanchinho. São todos costumes e normalmente não são fome, mas apetite.

E é curioso, porque quando você pára de comer é que passa a se dar conta disso. Agora entendo melhor o Tostex quando me diz que está com apetite e não com fome.

Bom, em relação ao dia de hoje, tudo correu super bem. Trabalhei, pedalei uns 15 minutos até o curso de alemão, assisti aula durante 3 horas e voltei para casa. Rolou uma coisa legal durante o curso de alemão. Fiquei meio zen. Devem ser as endorfinas batendo (dizem que em um certo momento do jejum o corpo passa a liberar endorfina). Uma sensação de super tranquilidade e de que nada poderia me tirar do sério (nem mesmo a ucraniana CDF que senta do meu lado no alemão). Tudo numa boa, numa nice... Me sinto um pouquinho como se fosse um coala, ou um bicho-preguiça: fazendo tudo com bastante delicadeza, sem movimentos bruscos e tranquila. Não, não fumei.

Ok, mas vou ser sincera com vocês, já comecei a contagem regressiva. A fome está suportável, mas já voltei a pensar nas comidas que comerei quando sair do jejum. Por isso, acho que não tô tão zem ainda....

Tuesday, October 16, 2012


Dia 04 - Colocando a mão na massa!




Foi como o leão Alex que eu achei que ia me sentir hoje, mas não foi bem assim. Acordei bem disposta e como o dia estava bonito, apesar de frio, resolvemos sair para um passeio de bike. Fomos explorar um dos parques próximos de casa já que é outono e simplesmente espetacular assistir a mudança de cores das árvores.

Como a disposição estava alta para nós dois, decidimos pedalar adiante e ir até perto do aeroporto de Tegel, onde poderíamos ver os aviões pousarem bem de pertinho. Adorei a idéia e me lembrei de quando meu pai me levava ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para ver os aviões (ele mal poderia imaginar quantos aviões eu ainda veria na minha vida – saudades).

Programinhas normais em jejum!
Pedalamos um total de uns 30 minutos até encontrarmos o exato lugar (do lado da rodovia), onde os aviões passariam sobre nossas cabeças. Haviam outras pessoas a espera das máquinas voadoras. Não nos contentando com a visão de um deles, que passou bem por cima de nós, esperamos o pessoal dar uma dispersada e entramos numa das áreas proibidas (pulamos a cerca e sumimos na mata alta). Estendi minha canga e lá ficamos deitados, curtindo o sol e esperando o próximo monstrengo passar sobre nossas cabeças. Confesso que ainda senti o mesmo entusiasmo daquela menina de 7 anos ao lado do meu pai em Congonhas.

Ok, isso não tem nada a ver com o jejum, eu confesso, mas a idéia é mostrar como tem sido possível ter uma vida normal, fazer as mesmas coisas que estaria fazendo, se não estivesse jejuando. Obviamente que estava mais lenta e o ritmo era outro, mas ainda assim, vida normal. Talvez uma ou outra coisinha sejam diferentes. Por exemplo, depois de pedalarmos de volta para casa, bateu aquela lezeira gostosa e comecei a ler uma revista. Depois de 5 minutos estava babando no sofá. Uma cochiladinha de uma hora que talvez eu não tivesse tirado se não estivesse em jejum. Aliás, em geral, a cama tem me chamado mais cedo e tenho dormido sempre, pelo menos, oito horas. Ah, e a vontde escovar os dentes a cada duas horas continua (e o bafinho também).

A noite fizemos novamente nosso caldinho de legumes e depois assitimos um seriado na TV. Outro dia bem sossegado e super sinceramente, sem fome. É engraçado, mas parece que é um mecanismo parecido com aquele que todo mundo já experimentou alguma vez. Você sente fome, fica com muita fome, mais fome ainda, até que tem uma hora que passa. No jejum parece que acontece o mesmo: no primeiro dia você sente uma fome desgraçada, chega num pico e depois passa. Louco, né? Vamos ver até quando...

Monday, October 15, 2012

DURANTE - 

Você é o que você come


O dia da faxina intestinal....

Fiz a lista das comprinhas: ingredientes para o caldo de legumes (batata, cenoura, brócolis, abobrinha e temperos), um suco de laranja natural, um chá diurético e o pó de magnésio para ajudar na limpeza intestinal.
O jejum trata principalmente da eliminação de toxinas e resíduos no corpo. Há diferentes formas para auxiliar essa limpeza, seja com sucos diuréticos ou laxantes. Optei pelo pózinho de carbonato de magnésio que é um agente antiácido e um laxante “suave”.

Lá fui me aventurar no supermercado com o foco apenas no necessário – e me surpreendi: pois não senti o meu estômago rosnar na hora de passar pela parte da padaria, queijos, pasta e mesmo a dos chocolates! A minha mente estava como num estado “piloto automático”: com um objetivo claro a cumprir e sem dar voltas no pensamento que me fizessem mudar de ideia. Por enquanto ainda aguento numa boa.

Já em casa preparei o líquido com o magnésio – ughh... um gostinho nojento. Nada como ter um chazinho de menta ao lado. Não sei se errei na proporção, só sei que não passaram duas horas e já comecei a sentir o efeito: de aí em diante o banheiro passou a ser o cômodo mais frequentado do dia. Tive que tomar muito líquido para repor o perdido.

À noite havia um concerto do grupo Aliose de Genebra – por certo muito bom. O Dario já me perguntava se era necessário comprar umas Pampers antes de sairmos (no comments...J), mas felizmente já estava tudo regulado.
No bar aguentei firme enquanto os outros bebiam cervejinha e comiam umas tapas e fiquei com um suquinho natural. Após o concerto o meu corpo já não estava para muita balada e preferi voltar.

O que mais me surpreende é que realmente não sinto fome. Quando sinto que o meu corpo da uma enfraquecida tomo chá, água ou o caldinho e logo me sinto melhor. Estou mais consciente do que passa no meu corpo e fico impressionada como um copo de água ou chá já faz uma grande diferença no bem estar. Talvez agora entenda melhor a frase: você é o que você come.