Sunday, October 14, 2012


ANTES -

Comer só com os olhos



Recomenda-se fazer uma semana “light” antes de realmente começar o jejum para ir preparando o organismo. Isso significa:

. Liberar o corpo dos vícios - tipo cigarro, café, álcool, ainda na semana enquanto estás a comer normalmente, e assim não ter que encarar uma “luta” ainda maior durante a semana de jejum.
No meu caso foi menos difícil, pois como vício somente posso apontar o chocolate!!!

. Evitar comida pesada que dificulta a digestão - como carne, comida frita ou gordurosa, queijo duro, etc... ajudando a limpar o organismo (nada de bife a parmegiana Carol)

. Comer muita fruta e legumes frescos. Normalmente o corpo mantém um estoque de nutrientes saudáveis durante várias semanas no organismo, sendo que para um jejum curto como o nosso (1 semana) não há o risco de haver uma falta de substâncias vitais para o organismo. Mas se você normalmente não se alimenta de uma forma muito saudável a situação é diferente. Portanto é muito importante “encher o tanque” com muitos nutrientes saudáveis presentes em alimentos frescos e naturais, como frutas e legumes.

E assim foram os meus dias antes de iniciar o jejum. Nos últimos dois dias de iniciar o jejum apenas ingeri frutas e legumes e muuuuuuuuuuuuuuuuuuito chá.

De fato para mim isso já foi uma espécie de jejum:
- deixar de comer queijo morando na Suíça, principalmente o Gruyère Corsé (de longe o meu preferido);
- cortar o chocolate (ahhhhhhh) que ainda por cima é outra especialidade suíça com variedades infinitas entre Lindt e Cailler;
Poderia escrever um capítulo a parte somente sobre chocolate. Não que me considere uma chocólatra... mas para mim chocolate está associado aqueles momentos de prazer quase meditativos – é como dar-se um presentinho!
Deve ser coisa de infância mesmo, pois chocolate na minha família assume quase que um pedestal. É considerada a “supra-sobremesa”, aquele gostinho que se reserva para o final ainda depois da sobremesa. Quando não dividido em partes iguais, era devorado em segundos por nós quatro irmãos. Minha mãe tinha que esconde-lo em lugares secretos da casa – que normalmente eram perto da mesa de cabeceira dela e não era incomum pega-la as vezes no “flagra” com o chocolatinho na boca. Chocolate também às vezes era recompensa quando nos havíamos comportado bem. E de longe era o melhor presente que meus avós me davam – eles escondiam um pedaço daquela barra enorme de cobertura Nestlé e brincavam de esconderijo “quente-ou-frio” até eu encontra-lo.
Enfim... vou parar por aqui que tá me entrando agua na boca.
- e ter que aguentar o meu namorado preparar altas delícias na cozinha deixando o apartamento inteiro impregnado com o cheiro de temperos e especiarias deliciosas. Tenho a sorte (e talvez nessa semana também o azar) de que o Dario ADORA cozinhar e por cima cozinha muito bem.

Definitivamente somente esses passos preparatórios já exigiram um grande esforço mental para não cair na tentação. Haja banana e sopa para aguentar...

Também é normal sentir alguns efeitos colaterais nos primeiros dias. Até agora apenas senti:

- Dor de cabeça e tonturas. No segundo dia realmente minha cabeça estava explodindo. Estou acostumada a ter frequentes dores de cabeça, mas durante o jejum não me atrevi a tomar nenhuma aspirina ou remédio. Aguentei tentando hidratar o meu corpo com muito líquido.
No dia seguinte me disseram que existem algumas técnicas que podem aliviar a dor de cabeça nessas horas – como colocar vinagre de maça na agua de um inalador e inalar durante 5 minutos ou enrolar um pano umedecido com vinagre de maça em volta da cabeça como se fosse um turbante. Enfim... a dica chegou tarde demais e não cheguei a prova-la.  
Apenas senti dor de cabeça no segundo dia. Agora já não mais.

- Bafo. Como a Carol muito bem descreveu – como ter um rato morto no estômago. Ughhh... Mas nada que não se possa combater com constantes escovadas de dente e chás de hortelã!

Hoje já é o dia da limpeza intestinal... mas essa experiência escatológica já é um tema a parte para um post mais tarde (ou talvez melhor não).

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