Dia 04 - Colocando a mão na massa!
Foi como o leão
Alex que eu achei que ia me sentir hoje, mas não foi bem assim.
Acordei bem disposta e como o dia estava bonito, apesar de frio,
resolvemos sair para um passeio de bike. Fomos explorar um dos
parques próximos de casa já que é outono e simplesmente
espetacular assistir a mudança de cores das árvores.
Como a disposição estava
alta para nós dois, decidimos pedalar adiante e ir até perto do
aeroporto de Tegel, onde poderíamos ver os aviões pousarem bem de
pertinho. Adorei a idéia e me lembrei de quando meu pai me levava ao
aeroporto de Congonhas, em São Paulo, para ver os aviões (ele mal
poderia imaginar quantos aviões eu ainda veria na minha vida –
saudades).
Programinhas normais em jejum! |
Pedalamos um total de uns
30 minutos até encontrarmos o exato lugar (do lado da rodovia), onde
os aviões passariam sobre nossas cabeças. Haviam outras pessoas a espera das máquinas voadoras. Não nos contentando com a visão de um deles, que passou bem por cima de nós, esperamos o pessoal dar uma
dispersada e entramos numa das áreas proibidas (pulamos a cerca e
sumimos na mata alta). Estendi minha canga e lá ficamos deitados,
curtindo o sol e esperando o próximo monstrengo passar sobre nossas
cabeças. Confesso que ainda senti o mesmo entusiasmo daquela menina
de 7 anos ao lado do meu pai em Congonhas.
Ok, isso não tem nada a
ver com o jejum, eu confesso, mas a idéia é mostrar como tem sido
possível ter uma vida normal, fazer as mesmas coisas que estaria
fazendo, se não estivesse jejuando. Obviamente que estava mais lenta
e o ritmo era outro, mas ainda assim, vida normal. Talvez uma ou
outra coisinha sejam diferentes. Por exemplo, depois de pedalarmos de
volta para casa, bateu aquela lezeira gostosa e comecei a ler uma
revista. Depois de 5 minutos estava babando no sofá. Uma
cochiladinha de uma hora que talvez eu não tivesse tirado se não
estivesse em jejum. Aliás, em geral, a cama tem me chamado mais cedo
e tenho dormido sempre, pelo menos, oito horas. Ah, e a vontde escovar
os dentes a cada duas horas continua (e o bafinho também).
A noite fizemos novamente
nosso caldinho de legumes e depois assitimos um seriado na TV.
Outro dia bem sossegado e super sinceramente, sem fome. É
engraçado, mas parece que é um mecanismo parecido com aquele que
todo mundo já experimentou alguma vez. Você sente fome, fica com
muita fome, mais fome ainda, até que tem uma hora que passa. No jejum parece que acontece o mesmo: no
primeiro dia você sente uma fome desgraçada, chega num pico e
depois passa. Louco, né? Vamos ver até quando...
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